Gatunagem eletrônica na eleição americana

Uma urna eletrônica foi tirada de uso no Estado da Pensilvânia (EUA) depois que um eleitor a filmou alterando um voto no presidente democrata Barack Obama para um voto no candidato republicano Mitt Romney, segundo a rede de TV americana NBC. A Pensilvânia é um dos dez Estados com a preferência do eleitorado ainda não definida e que podem ser decisivos para o resultado da eleição. O eleitor que fez o vídeo usou o YouTube para colocá-lo no ar na manhã desta terça-feira (6),  transformando as imagens em um “viral” reproduzido pelos principais sites de notícia americanos.

Já imaginou se fosse no Brasil? 

Ranking só levará em conta conquistas recentes

Da ESPN

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou, nesta terça-feira, algumas mudanças no ranking nacional de clubes que já serão adotadas neste ano. A lista que elenca os melhores times do país por uma pontuação padrão pré-definida pela entidade passará a valorizar apenas as conquistas recentes – dos últimos cinco anos – e estabelecerá uma diferença maior entre primeiro e segundo colocados das competições nacionais. Se antes o ranking levava em conta pontuações de todas as edições do Campeonato Brasileiro, desde 1959, a partir de 2012, somente os resultados dos últimos cinco anos serão contabilizados para compor a lista com os melhores clubes do país. Além disso, a diferença que antes era de apenas um ponto entre primeiro e segundo colocados da competição nacional agora passará a ser de 160 para valorizar ainda mais o feito do campeão – mais do que isso, quanto mais recente for a conquista, maior peso ela terá na conta (ex: conquistas nacionais em 2012 terão peso 5, em 2011 terão peso 4 e assim sucessivamente).

De acordo com o documento divulgado nesta terça pelo site oficial da CBF, as mudanças acontecerão por conta de uma necessidade identificada de rever os critérios do ranking, que se mantiveram os mesmos há dez anos. O maior objetivo com as alterações, segundo a própria entidade, é “valorizar o desempenho atual do clube”, além de “estabelecer uma diferença significativa de pontuação entre as posições no ranking”.
Além das mudanças já citadas, outra alteração feita pela CBF é a de bonificar os clubes que participaram da Copa Libertadores da América e que, por conta disso, não puderam disputar a Copa do Brasil – e, consequentemente, não receberam a pontuação relacionada ao torneio nacional.
Sendo assim, o ranking que até o ano passado tinha Santos na liderança, seguido por Palmeiras, Vasco, Grêmio e Flamengo deverá mudar substancialmente neste ano. Fluminense, Corinthians e São Paulo, que tiveram conquistas recentes no Brasileiro, deverão ser mais ‘valorizados’, enquanto os atuais primeiros colocados provavelmente perderão algumas posições.
Novo critério de pontuação da CBF:Campeonato Brasileiro (Série A)
1° lugar – 800 pontos
2° lugar – 640 pontos
3° lugar – 600 pontos
4° lugar – 560 pontos
5° lugar – 552 pontos

Copa do Brasil
1° lugar – 600 pontos
2° lugar – 480 pontos
Semifinalista – 450 pontos
4ªs de final – 400 pontos
8ªs de final – 200 pontos
Fase 3 – 100 pontos
Fase 2 – 50 pontos
Fase 1 – 25 pontos

Bônus para os clubes que disputaram a Libertadores e não puderam jogar a Copa do Brasil: 400 pontos.

Árbitro paulista vai apitar Macaé x Paissandu

Melhor árbitro do futebol paulista em 2012, Rafael Claus, de 33 anos, comandará o trio de arbitragem do jogo Macaé-RJ x Paissandu, pelas quartas-de-finais do Campeonato Brasileiro da Série C, no próximo sábado. A CBF decidiu escalar um trio paulista para o duelo e o vencedor do sorteio foi Claus. Ele terá como auxiliares Anderson José de Moraes Coelho e Danilo Ricardo Simon Manis. O quarto árbitro será o mineiro Flávio Henrique Coutinho Teixeira. Já o assessor de arbitragem, Sérgio Oliveira Santos, será da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj). Professor de Educação Física e com vários trabalhos nas Séries A e B do Brasileiro, Raphael Claus trabalhou apenas em um jogo da Série C deste ano. Foi, por coincidência, uma partida do Macaé. Claus foi escalado como quarto árbitro na vitória de 3 a 0 do time fluminense sobre o Santo André no estádio Bruno José Daniel, no ABC paulista.

Ódio disfarçado de paixão

Por Gerson Nogueira

O Vitória está bem próximo de garantir acesso à Série A. Sua campanha é excelente. Tem 20 vitórias, 6 empates e 8 derrotas. Marcou 35 gols, sofreu 15. Conquistou 66 pontos. Um quadro assim indicaria que a vida está resolvida e o ambiente respira aquele ar de mil maravilhas, certo? Ledo engano. O tradicional clube baiano pode passar à história como o primeiro a subir de divisão – seu principal projeto na temporada – em meio a uma crise descomunal, motivada pela irascibilidade de torcedores mentecaptos.

As cenas dantescas foram exibidas na TV e estão disponibilizadas na internet. Um bando uniformizado, dizendo-se fã do Vitória, quase impediu o embarque da delegação para São Paulo, onde enfrentaria o Bragantino, no sábado passado. Por vários minutos, os jogadores se amotinaram no ônibus, esperando reforço policial para entrarem na área de embarque do aeroporto de Salvador.

Enquanto isso, os atletas ouviam todo tipo de ameaças e xingamentos. Um dos mais hostilizados, chegando a receber empurrões, foi o garoto Gabriel, zagueiro revelado nesta temporada pela fabulosa máquina de formar craques montada há mais de dez anos no Barradão.

Coincidência ou não, Gabriel foi responsável direto pela construção da derrota frente ao Bragantino. Tenso e assustado, errou um passe na intermediária e, na sequência, viu-se obrigado a derrubar um atacante adversário que partia para marcar o gol. Além do pênalti, foi expulso no ato, desfalcando a equipe. Sem conseguir se organizar, o Vitória perdeu de 3 a 0, revelando nitidamente a instabilidade provocada pela furiosa manifestação dos torcedores.

Segundo a imprensa baiana, o ato foi isolado e não corresponde ao sentimento de toda a torcida do Vitória. Se a informação serve de consolo, por outro lado demonstra a vulnerabilidade existente nos clubes mais populares, onde campeia esse tipo de organização paralela, vulgarmente conhecida como “torcida organizada”.

Como todos os grandes clubes brasileiros, Paissandu e Remo convivem com essa anomalia há anos. Exaltados, briguentos e extremamente violentos quando em bando, esses agrupamentos não contribuem para nada, nem mesmo em termos de arrecadação, pois quase sempre são bancados (e até patrocinados) por dirigentes irresponsáveis e oportunistas.

Ao invés de ajudarem a conquistar novos adeptos, os “organizados” afugentam os torcedores normais. Comportam-se como baderneiros – e fazem questão de demonstrar isso a todo instante. Intimidam, agridem e assaltam dentro e fora dos estádios. Nas ruas, não poupam ninguém. Elegem alvos a esmo, bastando que o cidadão esteja vestindo o uniforme do time adversário.

Disfarça ódio irracional e gratuito com alegações de paixão extremada. A Justiça já extinguiu as facções mais turbulentas, mas elas vicejam travestidas de outros nomes ou simples mudança de siglas.

Pior que isso: atraem, por intimidação, alguns dos jogadores mais populares, que costumam bajular pateticamente esses grupos, reproduzindo gestos e símbolos na comemoração de gols, esquecendo-se de festejar com o verdadeiro torcedor.

O (mau) exemplo do Vitória deve servir de norte para os demais clubes. Quando a irracionalidade domina a cena, cabe restaurar a ordem em benefício dos normais. Os mecanismos existem, mas sua aplicação depende da boa vontade de quem dirige os clubes. Sem isso, os bárbaros continuarão em vantagem.

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A cobrança infeliz

Nesse imbróglio da cobrança da incrível taxa de R$ 30 mil pela cessão do estádio Arena Verde, em Paragominas, a posição mais equilibrada é a da diretoria do Paissandu, que anunciou que seus próximos jogos como mandante serão realizados em Santarém ou Marabá.

Nem mesmo o recuo das autoridades do município, baixando o valor da conta para pouco mais de R$ 12 mil, sanou o mal-estar provocado pela intempestiva taxação. Na verdade, Paragominas, que se beneficiou da superexposição na mídia em torno do jogo, teria que gratificar o Paissandu pela escolha da Arena Verde como palco da partida.

Para os que discordaram de meu posicionamento, quero lembrar que a situação é a mesma dos contratos firmados entre as prefeituras do interior paranaense ou mineiro com os grandes de Rio e São Paulo, principalmente Flamengo e Corinthians, para que realizem jogos em suas cidades.

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Temporada de boatos

Na temporada de especulações quanto a reforços para o Remo, depois de Rafael Paty, fontes ligadas à presidência do clube falam no retorno do volante André e do zagueiro Rafael Fernandes. Caso se confirmem, essas duas contratações seriam de grande utilidade para a reconstrução do time. Melhor ainda se Flávio Araújo, técnico campeão da Série D pelo Sampaio Corrêa, fosse o comandante, como também andam apregoando pelo Baenão. Pelo visto, apenas sonhos de uma longa noite de verão.

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Direto do Facebook:

“Amigos, vocês podem podem não acreditar, mas mesmo sendo remista torço de verdade para que o Papão conquiste mais essa vitória. O futebol paraense merece e precisa voltar a se destacar no plano nacional. Torcerei como torci na final da Copa dos Campeões”.

Do professor Hélio Mairata, azulino de quatro costados, engrossando a torcida pelo acesso do Papão.

(Coluna publicada na edição do Bola/DIÁRIO desta terça-feira, 06) 

O perfeito imbecil politicamente correto

Por Cynara Menezes – CartaCapital

Em 1996, três jornalistas – entre eles o filho do Nobel de Literatura Mario Vargas Llosa, Álvaro – lançaram com estardalhaço o “Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano”. Com suas críticas às idéias de esquerda, o livro se tornaria uma espécie de bíblia do pensamento conservador no continente. Vivia-se o auge do deus mercado e a obra tinha como alvo o pensamento de esquerda, o protecionismo econômico e a crença no Estado como agente da justiça social. Quinze anos e duas crises econômicas mundiais depois, vemos quem de fato era o perfeito idiota.

Mas, quem diria, apesar de derrotado pela história, o Manual continua sendo não só a única referência intelectual do conservadorismo latino-americano como gerou filhos. No Brasil, é aquele sujeito que se sente no direito de ir contra as idéias mais progressistas e civilizadas possíveis em nome de uma pretensa independência de opinião que, no fundo, disfarça sua real ideologia e as lacunas em sua formação. Como de fato a obra de Álvaro e companhia marcou época, até como homenagem vamos chamá-los de “perfeitos imbecis politicamente incorretos”. Eles se dividem em três grupos:

1. o “pensador” imbecil politicamente incorreto: ataca líderes LGBTs (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Trânsgeneros) e defende homofóbicos sob o pretexto de salvaguardar a liberdade de expressão. Ataca a política de cotas baseado na idéia que propaga de que não existe racismo no Brasil. Além disso, ações afirmativas seriam “privilégios” que não condizem com uma sociedade em que há “oportunidades iguais para todos”. Defende as posições da Igreja Católica contra a legalização do aborto e ignora as denúncias de pedofilia entre o clero. Adora chamar socialistas de “anacrônicos” e os guerrilheiros que lutaram contra a ditadura de “terroristas”, mas apoia golpes de Estado “constitucionais”. Um torturado? “Apenas um idiota que se deixou apanhar.” Foge do debate de idéias como o diabo da cruz, optando por ridicularizar os adversários com apelidos tolos. Seu mote favorito é o combate à corrupção, mas os corruptos sempre estão do lado oposto ao seu. Prega o voto nulo para ocultar seu direitismo atávico. Em vez de se ocupar em escrever livros elogiando os próprios ídolos, prefere a fórmula dos guias que detonam os ídolos alheios –os de esquerda, claro. Sua principal característica é confundir inteligência com escrever e falar corretamente o português.

2. o comediante imbecil politicamente incorreto: sua visão de humor é a do bullying. Para ele não existe o humor físico de um Charles Chaplin ou Buster Keaton, ou o humor nonsense do Monty Python: o único humor possível é o que ri do próximo. Por “próximo”, leia-se pobres, negros, feios, gays, desdentados, gordos, deficientes mentais, tudo em nome da “liberdade de fazer rir.” Prega que não há limites para o humor, mas é uma falácia. O limite para este tipo de comediante é o bolso: só é admoestado pelos empregadores quando incomoda quem tem dinheiro e pode processá-los. Não é à toa que seus personagens sempre estão no ônibus ou no metrô, nunca num 4X4. Ri do office-boy e da doméstica, jamais do patrão. Iguala a classe política por baixo e não tem nenhum respeito pelas instituições: o Congresso? “Melhor seria atear fogo”. Diz-se defensor da democracia, mas adora repetir a “piada” de que sente saudades da ditadura. Sua principal característica é não ser engraçado.

3. o cidadão imbecil politicamente incorreto: não se sabe se é a causa ou o resultados dos dois anteriores, mas é, sem dúvida, o que dá mais tristeza entre os três. Sua visão de mundo pode ser resumida na frase “primeiro eu”. Não lhe importa a desigualdade social desde que ele esteja bem. O pobre para o cidadão imbecil é, antes de tudo, um incompetente. Portanto, que mal haveria em rir dele? Com a mulher e o negro é a mesma coisa: quem ganha menos é porque não fez por merecer. Gordos e feios, então, era melhor que nem existissem. Hahaha. Considera normal contar piadas racistas, principalmente diante de “amigos” negros, e fazer gozação com os subordinados, porque, afinal, é tudo brincadeira. É radicalmente contra o bolsa-família porque estimula uma “preguiça” que, segundo ele, todo pobre (sobretudo se for nordestino) possui correndo em seu sangue. Também é contrário a qualquer tipo de ação afirmativa: se a pessoa não conseguiu chegar lá, problema dela, não é ele que tem de “pagar o prejuízo”. Sua principal característica é não possuir ideias além das que propagam os “pensadores” e os comediantes imbecis politicamente incorretos.

Para refletir.

Papão viaja na quinta-feira para buscar o acesso

A assessoria de imprensa do Paissandu divulgou, no começo da noite desta segunda-feira, a programação para o jogo contra o Macaé, sábado, no Rio de Janeiro. A delegação viaja às 5h43 de quinta-feira, pela GOL (voo 1996). Chega ao Rio por volta de 10h e segue, de ônibus, para Macaé (distante 184 quilômetros da capital). Na cidade fluminense, a hospedagem será no hotel Macaé Othon Suítes. Às 16h30, Lecheva comandará treino. Na sexta-feira, a agenda prevê treino às 9h no estádio Cláudio Moacyr Azevedo (o Moacyrzão). No resto do dia, os jogadores descansam no hotel.

No sábado, haverá preleção depois do almoço e partida para o estádio Moacyrzão às 15h30. O jogo será realizado às 17h (HBV). O retorno a Belém acontece na manhã de domingo, em voo da TAM (JJ 3420) que deixa o Rio às 9h32 e chega a Belém ao meio-dia. (Foto: MÁRIO QUADROS/Bola)