Por Mauro Cezar Pereira, da ESPN
Cesare Prandelli deu mais uma aula sobre como organizar um time de futebol no comando da Itália em Fortaleza. Poderia sua seleção ter assumido o comando do placar nos primeiros 45 minutos, o que significaria uma vantagem possivelmente decisiva. Ah, que falta faz um bom atacante. “E se Balotelli estivesse lá”, devem estar pensando os italianos.
Não estava. Da mesma forma a Espanha não tem um atacante à altura do time. Fernando Torres até que fez boas jogadas, mas nos arremates, ficou devendo. A ponto de Vicente Del Bosque, num momento “Professor Pardal”, inventar Javi Martinez de centroavante. Poderia dar certo circunstancialmente diante da elevada estatura do primeiro volante do Bayern – tem 1,90 metro. Invenção sem nexo do experiente treinador, que tinha Villa e Soldado à disposição.
Naquela hora, a campeão mundial e bi da Europa desceu o nível de seu jogo, parecia o futebol muitas vezes praticado no Brasil, com a bola alçada na área rival, o popular “Muricybol”, dominando as ações em dado momento. Claro que o cansaço das duas seleções, que raramente nos 365 dias do ano encaram a combinação calor somado à umidade, ambos elevados, também pesou no desempenho físicos dos atletas. Que em alguns lances não pareciam ser.
A Itália mais esgotada, até porque corre mais atrás da bola, que a Espanha faz correr. Por isso na reta final da prorrogação houve perigo real para a meta de Buffon. Na cobrança de penalidades máximas, os batedores beiraram a perfeição, a atingiram até que Bonucci virou “Baggionucci” e, como o camisa 10 em 1994, mandou nas alturas. A Itália sai da competição com um quê de satisfação. Desfalcada fez boas partidas contra o anfitrião Brasil e a campeã Espanha.
Domingo teremos o jogo esperado. A chance de um teste de verdade, valendo taça, para o time brasileiro. Ganhar sempre é ótimo, óbvio. Mas para a seleção comandada por Luiz Felipe Scolari, nada mais relevante nessa fase do que ver o time fazer algo parecido com o que os italianos apresentaram. Uma estratégia bem montada, que poderia tê-los levado ao triunfo.
Ganhar graças a um possível cansaço da rival valerá menos do que até perder contra uma Espanha que exija do Brasil, por mais paradoxal que seja. Espero, domingo, ver finalmente a decantada evolução da equipe cebeefiana, pois brasileiros não precisam jogar de uma só forma, e eles sabem disso, pois atuam em seus clubes. A Itália mostrou um caminho ao Brasil.
Mais uma vez, o Brasil foi montado num 4-2-3-1, o melhor jeito de não afundar Gilberto Silva entre os zagueiros, e dar a Felipe Melo uma participação mais eficiente à frente da zaga. Desse modo, Ramires pode sair mais à direita, Robinho recua um tanto do outro lado, e Kaká segue sendo o articular para, por dentro, encostar em Luís Fabiano. O problema é que, bem cercados por Pienaar e Tshbalala, os laterais brasileiros avançaram pouco. Com a pouca movimentação de Robinho (e a partida ruim tecnicamente), sobraram apenas Kaká e Ramires para a criação. Luís Fabiano também não foi o de sempre. E o Brasil criou o menor número de chances em toda a competição.
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Essa do Del Bosque de colocar Javi Martinez no lugar do Fernando Torres, foi de dar uma de técnico do Brasil.
Até agora não entendi, porque ele não colocou o Villa. Outra coisa acredito que apesar do comando tem briga entre jogadores, depois da farra com mulheres aqui em Fortaleza.
E o time da Espanha tem algumas carne assada, como o Abreloa e Alba em ambas laterais.
Outra coisa o time de necessita de dum diferencial, pois quando sofre uma marcação muito forte, não o jogador para ir pra cima e abrir os espaços, que seria o Messi.
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Esse time da Espanha é muito bom, mas esse técnico adora inventar. No ano passado o Del Bosque jogava sem atacantes, ontem ele jogou com três: Pedro (fraquíssimo), Torres e mais o meia-ofensivo David Silva. Aí faltou alguém para cobrir os laterais. Ah o Guardiola no comando desse time!
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Esse papo de cansaço para mim não vale. Eles tem 5a. 6a. sábado e parte do domingo para descançar. Não é a profissão deles. Nossos PMs trabalham todos os dias, fazem bico à noite e nem por isso estão morrendo de cansaço. Ainda arranjam um tempinho para tomar umas geladas.
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Também não vejo a menor possibilidade de o cansaço derrubar os espanhóis. Ainda encontram tempo para uma farrinha, como lá em Fortaleza.
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Caro Luís, depois da presepada de ontem, sem dúvida acho o Guardiola mais treinador do que ele.
O Estilo de jogo da Espanha, não precisa de um atacante fixo como Torres e o Soldado.
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Eu espero é que o Brasil mostre a bola que tem pois ontem foi demonstrado que quando aparece um time bom a “fúria” fica mansa
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